Pesquisa aponta que 45% das empresas de câmbio têm mulheres como donas ou CEOs

A presença das mulheres empreendendo no mercado de câmbio é promissora. Segundo dados de uma pesquisa realizada em parceria entre a B2Gether, empresa especializada em câmbio, e a Associação Brasileira de Câmbio (Abracam), 45,4% das instituições consultadas, e que atuam no setor, têm mulheres como donas ou CEOs.

O levantamento também mostra que 90% das empresas de câmbio indicam ter mulheres liderando equipes e departamentos. No entanto, embora os números sejam otimistas, a realidade é que o mercado cambial, assim o sistema financeiro do país como um todo, ainda é majoritariamente masculino.

De acordo com o estudo, em 90% das empresas as mulheres são minoria nos cargos de liderança em comparação com os homens. Além disso, no panorama geral, contabilizando todos os cargos, os homens também são maioria e ocupam 53% dos postos de trabalho desse mercado, contra 47% ocupados por mulheres.

Quando perguntadas sobre a existência de políticas para aumentar a representatividade feminina nos cargos de liderança, apenas 9% das organizações consultadas informaram ter alguma iniciativa estratégica nesse sentido.

pesquisa foi realizada com 11,3% das instituições e empresas financeiras que compõem o quadro de associados da Abracam. A amostragem engloba um universo de 691 profissionais do câmbio, dos proprietários aos operadores. Trata-se de um projeto piloto, experimental, que deve ser ampliado para os próximos anos.

Crescimento das mulheres no câmbio

Para a sócia-fundadora e CEO da B2Gether, Janaina Assis, esses números refletem bem a realidade do mercado financeiro em geral, com relação à presença das mulheres. Ela também destaca que, apesar de as mulheres ainda serem minoria, houve uma evolução ao longo dos anos.

“Trabalho há mais de 17 anos no mercado de câmbio e posso garantir que esses dados trazem um bom panorama sobre a participação feminina nas empresas, principalmente nos cargos de liderança. Por mais que ainda sejamos minoria, atuamos em um número muito maior do que há alguns anos”, pontua Janaina.

O mesmo argumento é compartilhado pela presidente da Abracam, Kelly Massaro. Ela afirma que é “visível o avanço das mulheres na ocupação do atual mercado de trabalho” e que “no mercado de câmbio não é diferente”.

Kelly também ressalta que há ainda muito espaço para o aumento da presença feminina no mercado financeiro, principalmente pela competência e sensibilidades das profissionais.

“Nossa força, know how e feeling aguçado às tomadas de decisões só reforçam a importância e o valor agregado da presença feminina no mercado de câmbio”, observa.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.