Operação desarticula esquema criminoso comandado em presídio

Uma operação do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) desarticulou, nesta sexta-feira (22), uma organização criminosa que operava de dentro do Presídio Regional de Pelotas (PRP). A facção, envolvida em tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e agiotagem, movimentou mais de R$ 32 milhões.

Coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), a ação cumpriu 170 mandados judiciais, incluindo 19 de prisão preventiva e 156 de busca e apreensão. O bloqueio de 1,3 mil contas bancárias e a remoção de oito detentos também foram realizados.

Esquemas de agiotagem e lavagem

A facção operava um aplicativo de microcrédito com juros de até 280%, cobrados com ameaças e violência. Parte do dinheiro era lavada com a compra de veículos, imóveis e investimentos em empresas de fachada, como açougues e imobiliárias.

A operação identificou uma estrutura hierárquica, com núcleos administrativos e financeiros que usavam “laranjas” para ocultar atividades. Mandados foram cumpridos em 13 cidades no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, onde o líder da facção foi preso.

Revistas e apreensões

Além da remoção de oito líderes do PRP, revistas foram realizadas em outras penitenciárias, resultando na apreensão de celulares, drogas e documentos. A operação também apreendeu 28 veículos e quatro imóveis ligados à organização.

Com apoio de órgãos como Brigada Militar e Receita Estadual, a operação integra ações das operações Caixa-Forte II e El Patron, focadas em desarticular o financiamento de facções criminosas. Mais de 100 pessoas estão sendo investigadas.

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