Sem enchente ou estiagem severa: RS deve ter neutralidade climática nos próximos meses

A possibilidade de formação de um evento de La Niña está cada vez mais improvável, segundo dados recentes da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA) e análises da MetSul Meteorologia. As temperaturas da superfície do Oceano Pacífico, que apresentam uma leve tendência de resfriamento, permanecem dentro da faixa de neutralidade, sem atingir os critérios necessários para declarar o fenômeno.

Embora La Niña traga impactos significativos no clima global, como estiagens no Sul do Brasil e chuvas acima da média no Norte e Nordeste, um evento fraco ou mesmo a continuidade da neutralidade reduziria a intensidade desses efeitos. Especialistas destacam que, mesmo que La Niña seja declarada, o fenômeno deve ser breve e limitado em intensidade.

A última ocorrência de La Niña, entre 2020 e 2023, resultou em estiagens severas e crises hídricas na América do Sul. A atual análise reforça que, para o verão de 2024, a influência do Pacífico deve ser mais moderada, com impactos climáticos menos expressivos.

A probabilidade cada vez menor de um evento de La Niña significa que o clima global, especialmente em regiões sensíveis como o Sul do Brasil, deve continuar em condições de neutralidade climática. Isso implica menos alterações extremas associadas ao fenômeno, como estiagens prolongadas ou chuvas excessivas.

Principais impactos:

  1. No Sul do Brasil:
    • Com a neutralidade, o risco de estiagens severas diminui, mas não é descartado, pois outros fatores climáticos podem influenciar.
    • A chance de massas de ar frio tardias no verão ou precoces no outono também se reduz.
  2. No Norte e Nordeste do Brasil:
    • Não há previsão de aumento expressivo nas chuvas, o que geralmente ocorre durante La Niña.
  3. Clima global:
    • A neutralidade não impede eventos climáticos extremos localizados, mas diminui a intensidade de padrões amplos, como secas severas em algumas regiões e enchentes em outras.
    • A temperatura média global deve continuar alta devido ao aquecimento do planeta, mas sem a influência resfriadora típica de La Niña.

Em resumo:

A manutenção da neutralidade sugere que o clima nos próximos meses terá variações mais moderadas, sem a intensidade de fenômenos como La Niña ou El Niño. Isso traz maior previsibilidade, mas ainda exige atenção, pois eventos extremos podem ocorrer localmente por outros fatores.

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