Tradicional costume diário gaúcho vai custar mais caro

A partir do dia 1º de abril, os amantes do chimarrão no Rio Grande do Sul podem enfrentar um aumento no custo de seu hábito diário. O Sindicato da Indústria da Erva-mate (Sindimate) estima que a nova alíquota de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que passará a incidir sobre o setor, poderá elevar em até 10% o preço do quilo da erva-mate.

O decreto assinado pelo Governador Eduardo Leite, do PSDB, aumentou o ICMS sobre a erva de 8% para 12%, de acordo com informações da Secretaria da Fazenda. Embora o governo destaque um acréscimo de apenas 4,55% no preço do produto, o Sindimate considera outros fatores, como custos com embalagem, transporte e comissões, o que influencia na estimativa de aumento.

Toda a cadeia produtiva

Para o presidente do Sindimate, Alvaro Pompermayer, os impactos se estendem por toda a cadeia produtiva. “Vamos pagar mais PIS e COFINS. Além disso, como os salários de muitos vendedores estão atrelados ao valor do produto, isso resultará em mais pagamento de INSS e Imposto de Renda sobre esses salários”, destaca. Pompermayer também expressa preocupação com a competitividade da erva-mate gaúcha em relação ao produto catarinense, que não sofrerá aumento de ICMS.

A Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) iniciou uma campanha contra o aumento da tributação. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, a diretora da entidade para a região Noroeste do estado, Ronize Damassini, protestou contra o encarecimento do chimarrão. “A tradicional bebida dos gaúchos, o delicioso chimarrão, estará mais cara a partir de 1º de abril, e não é brincadeira não”, afirmou.

Menor impacto

Em resposta às preocupações, a Secretaria da Fazenda ressaltou que o aumento estimado de 4,55% no preço do quilo da erva poderá ser menor na prática, uma vez que não ocorrerá o repasse integral do valor da alíquota. Além disso, destacou que as famílias com renda mais baixa não serão afetadas pelas variações de preço, devido aos aumentos nos repasses do Devolve ICMS, beneficiando mais de 30% da população gaúcha.

Essas mudanças no imposto sobre a erva-mate geram debate e preocupação entre os consumidores e a indústria, destacando a importância econômica e cultural desta tradicional bebida gaúcha.

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