Lula volta a mentir em declarações sobre a fome no Brasil no G20

Durante a abertura da Cúpula do G20 no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reiterou afirmações anteriormente contestadas sobre a erradicação da fome no Brasil, levantando dúvidas quanto à precisão dos dados apresentados. Em seu discurso, Lula alegou que, sob sua liderança anterior, o Brasil havia eliminado a fome em 2014 e lamentou o suposto retorno do país ao Mapa da Fome da FAO em 2022.

No entanto, informações atualizadas revelam que a FAO modificou sua metodologia e não utiliza mais o termo “Mapa da Fome” para classificar os países, preferindo abordagens mais detalhadas para avaliar a insegurança alimentar. A inconsistência nos dados citados pelo presidente gera questionamentos sobre a veracidade das estatísticas utilizadas.

De acordo com o 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19, realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan), o Brasil apresentou um aumento significativo na insegurança alimentar entre 2020 e 2022. O levantamento indica que 33 milhões de brasileiros enfrentaram fome durante o período, um número que contrasta drasticamente com as afirmações de Lula.

Críticas apontam que o estudo possui falhas metodológicas, incluindo o uso de dados desatualizados da PNAD e uma possível superestimação de casos nas regiões Norte e Nordeste. Especialistas, como o cientista de dados Leonardo Dias, argumentam que a representatividade da amostra e a comparação entre diferentes edições do estudo comprometem a confiabilidade dos resultados.

O relatório da ONU sobre a segurança alimentar global apresenta um panorama menos dramático para o Brasil, indicando que, entre 2021 e 2023, aproximadamente 8,4 milhões de pessoas enfrentaram fome severa, com 39,7 milhões vivendo em algum grau de insegurança alimentar. Esses números são substancialmente inferiores aos citados pelo presidente durante o G20.

G20

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