Praça dos Três Poderes, em Brasília, é isolada após explosões; um homem morreu

Siga @radiopiranhas

Duas explosões, em um intervalo de 20 segundos, ocorreram perto do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, no início da noite desta quarta-feira (13). Uma pessoa morreu, e a área foi isolada. Bombeiros e militares especializados em explosivos foram ao local (assista ao vídeo acima).

O que se sabe sobre o caso:

  • Por volta das 19h30 desta quarta, um carro explodiu no estacionamento que fica entre o STF e o Anexo IV da Câmara dos deputados. No porta-malas, havia fogos de artifício e tijolos. 
  • O veículo tem placa de Rio do Sul, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina. O dono é Francisco Wanderley Luiz, que foi candidato a vereador pelo PL nas eleições municipais de 2020 e não se elegeu.
  • Um homem morreu após uma segunda explosão, ocorrida na Praça dos Três Poderes, que fica entre o STF, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto, edifício de trabalho da Presidência da República (veja a localização no infográfico abaixo). Até a última atualização desta reportagem, o corpo não havia sido retirado do local. 
  • Antes da explosão em frente ao STF, o homem tentou no prédio. Ele jogou um explosivo embaixo da marquise do edifício, mostrou que tinha artefatos presos ao corpo a um vigilante, deitou-se no chão e acionou um segundo explosivo na nuca. 
  • Até a última atualização desta reportagem, não havia informações sobre uma eventual ligação entre as duas explosões.
  • O esquadrão antibombas foi ao local para fazer uma varredura e verificar a existência de mais explosivos nos arredores, inclusive em veículos e no corpo do homem que morreu.
  • No momento do incidente, estavam ocorrendo sessões de plenário na Câmara (suspensa após a confirmação da morte)e no Senado (mantida até as 21h, pelo menos).
  • A sessão do STF já tinha terminado, e ministros e servidores foram retirados em segurança.
  • O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não estava mais no Planalto – e não houve ordem para evacuar o prédio. A segurança do palácio vai ser reforçada com integrantes do Exército.
  • Depois do episódio, ele se reuniu com os ministros do STF Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin no Palácio da Alvorada. O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, também foi à residência presidencial. 
  • A PF abriu inquérito para apurar as explosões, que será enviado a Alexandre de Moraes.
  • Testemunhas relataram que “o barulho foi muito alto” e que viram “o pessoal correndo”.

No momento do ocorrido, a funcionária do Tribunal de Contas da União (TCU) Layana Costa estava em um ponto de ônibus em frente ao STF. Segundo ela, um homem passou, segurando uma sacola, e acenou com “um joinha”. 

A mulher afirma que, em seguida, ouviu a primeira explosão e, ao olhar para trás, viu que o homem jogou algo perto da estátua da Justiça e logo caiu. 

Dono de um food truck que funciona no estacionamento do anexo IV da Câmara, Carlos Monteiro contou ter visto o carro pegando fogo. 

“Me informaram que ele parou o carro, tirou as coisas de dentro do porta-mala e desceu com mochila nas costas. E, de repente, a gente escutou as explosões. Quando a gente foi olhar, [havia] um fumaceiro muito forte”, descreveu Monteiro. 

Em nota, o STF informou que, após a sessão desta quarta, “dois fortes estrondos foram ouvidos e os ministros foram retirados do prédio em segurança”. “Os servidores e colaboradores do edifício-sede foram retirados por medida de cautela.” A Corte afirmou ainda que a segurança do STF colabora com autoridades policiais do Distrito Federal. 

O secretário de Segurança do DF, Sandro Avelar, disse que a Esplanada dos Ministérios foi fechada: “Neste momento, estamos tentando entender o que aconteceu e estamos enviando um efetivo muito grande do batalhão especial da PMDF para fechar parte da Esplanada”. 

Durante uma entrevista concedida pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), por volta das 19h30, no Palácio do Planalto, foi possível ouvir o barulho das explosões .

Do G1

@politicaetc

source

Adicionar aos favoritos o Link permanente.