Israel confirma morte de Yahya Sinwar, líder do Hamas, responsável pelos ataques de outubro

Sinwar foi um dos mentores da ação do Hamas matou cerca de 1.200 pessoas em Israel e levou mais de 200 reféns para a Faixa de Gaza

As Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram a morte de Yahya Sinwar, líder máximo do Hamas, nesta quinta-feira (17), após uma operação militar em Gaza. Foi ele que ascendeu ao topo da organização como um todo depois de Israel assassinar Ismail Haniyeh, no Irã, em julho

Sinwar, considerado o mentor dos ataques de 7 de outubro de 2023, foi morto por soldados israelenses no dia 16 de outubro, segundo comunicado oficial das FDI.

De acordo com Israel Katz, ministro das Relações Exteriores de Israel, Sinwar foi o principal responsável pelo planejamento e execução do massacre que marcou o início da guerra na Faixa de Gaza. Katz declarou: “O assassino em massa Yahya Sinwar, responsável pelas atrocidades de 7 de outubro, foi eliminado pelas forças israelenses.”

A morte de Sinwar foi confirmada após testes de DNA e registros dentários. O líder do Hamas, que não era visto desde o início da guerra, estava escondido em uma rede de túneis sob Gaza. O Exército israelense operava na região sul da Faixa de Gaza há semanas, utilizando informações de inteligência para localizar membros-chave do Hamas.

Quem foi Yahya Sinwar?

Yahya Sinwar, nascido em 1962 em um campo de refugiados em Gaza, era uma figura central no Hamas. Ele foi o responsável pela criação do braço militar do grupo e, em 2017, foi eleito líder político do Hamas na Faixa de Gaza. Ao longo dos anos, Sinwar fortaleceu alianças com potências árabes regionais e expandiu o poder do Hamas na região. Desde 2015, ele foi designado como terrorista global pelos Estados Unidos e sancionado por países como Reino Unido e França.

Impacto da morte de Sinwar no conflito

A morte de Yahya Sinwar é vista por Israel e por analistas internacionais como um marco importante na guerra contra o Hamas. O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, reiterou que o país continuará a “perseguir e eliminar” seus inimigos. A morte de Sinwar pode abrir caminho para novos desdobramentos no conflito, incluindo possíveis negociações para a libertação de reféns mantidos pelo Hamas.

Contexto da guerra entre Israel e Hamas

Desde o início dos ataques de 7 de outubro, Israel tem realizado intensas ofensivas aéreas e incursões terrestres na Faixa de Gaza. O conflito, que já dura mais de um ano, deixou milhares de mortos e deslocou grande parte da população de Gaza. A situação humanitária na região é catastrófica, com a ONU alertando para a falta de alimentos, medicamentos e condições sanitárias adequadas.

A morte de Sinwar pode representar uma mudança significativa no cenário do conflito, mas a crise humanitária e os confrontos continuam a desafiar a paz na região.

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