‘A Lava Jato vive em cada brasileiro que acredita na honestidade’, diz Sergio Moro

Ex- juiz da Operação Lava Jato, o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) publicou, neste domingo, 17, uma mensagem comentando os dez anos da operação que revelou o maior escândalo de corrupção do Brasil.

Atualmente, a Lava Jato tem acordos de delação em ruínas, depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que a operação violou regras básicas do Direito por meio de uma parceira entre o então juiz e os procuradores na condução do processo.

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“A Lava Jato vive em cada brasileiro que acredita na honestidade e no Brasil”, escreveu Moro no X/Twitter. “Os tempos sombrios passarão e a corrupção voltará a ser um crime em nosso país. A verdade está do nosso lado.”

Nos últimos dez anos, a Lava Jato investigou criminalmente e prendeu empresários, doleiros, ex-diretores da Petrobras, parlamentares e dois então ex-presidentes da República: Michel Temer e Luiz Inácio Lula da Silva. Ao todo, os cofres públicos recuperaram R$ 2 bilhões por meio de acordos homologados pelo STF.

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A operação, contudo, começou a declinar em 2018, quando Moro aceitou o convite do candidato à Presidência Jair Bolsonaro para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Bolsonaro foi eleito e assumiu o governo em 2019.

A ação de Moro levantou especulações sobre suas intenções ao condenar Lula e tornando ele inelegível no pleito de 2018. Em 2019, críticos da Operação Lava Jato subiram o tom, quando o site The Intercept Brasil divulgou mensagens trocadas entre procuradores e Moro. Os diálogos foram obtidos por meio de uma invasão hacker.

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Após a divulgação das mensagens, o STF impôs derrotas severas à operação. Em 2021, Moro foi declarado parcial pela Corte nos julgamentos da Lava Jato. O STF também mudou o entendimento sobre a prisão de réus condenados em segunda instância, beneficiando diretamente Lula, solto depois de passar 580 dias preso em Curitiba, no Paraná.

Como mostrou Silvio Navarro na Edição 208 da Revista Oeste, a Lava Jato foi “apagada pelo Supremo, que devolveu corruptos ao poder e agora limpa a ficha de empresas que roubaram os cofres públicos”.